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Bets, jogo patológico e saúde mental: um risco em iminente crescimento




A prática das apostas esportivas, popularmente chamadas de "bets", tem se tornado cada vez mais comum no Brasil. No entanto, junto com o aumento da popularidade dessas plataformas, vieram preocupações sérias em relação aos impactos negativos para a saúde mental dos apostadores. De acordo com estudos recentes, as apostas têm sido associadas ao aumento da ansiedade (afetando 51% dos apostadores), mudanças repentinas de humor (27%), e sentimentos de culpa (23%). Esses números mostram como o vício em apostas pode ter um efeito profundo e prejudicial na vida das pessoas.


Mais de 60% dos apostadores relataram que a prática de apostas afeta negativamente seu estado emocional, levando ao estresse e a outros sentimentos negativos. Isso ocorre porque as apostas podem criar um ciclo viciante, onde as pessoas tentam recuperar perdas ou obter a euforia de uma vitória, levando ao comprometimento financeiro e à perda de controle emocional. Essa relação entre apostas e problemas emocionais preocupa especialistas e está cada vez mais sendo discutida em diferentes esferas da sociedade.


Com o objetivo de enfrentar essa crescente problemática, o governo federal decidiu criar um grupo de trabalho para estudar o impacto das apostas esportivas na saúde mental da população. A ideia é investigar os efeitos psicológicos dessas práticas, especialmente considerando o crescimento exponencial desse mercado e a vulnerabilidade de grupos específicos, como os jovens. Este grupo deverá analisar dados sobre o vício em apostas, problemas financeiros e outros transtornos relacionados, propondo políticas públicas que possam minimizar danos e oferecer apoio às pessoas afetadas.


Um dos principais problemas relacionados às apostas é o desenvolvimento do jogo patológico, também conhecido como transtorno do jogo compulsivo. Esse distúrbio caracteriza-se pela incapacidade de controlar o comportamento de apostar, mesmo quando a pessoa sabe das consequências negativas que isso pode trazer. As pessoas afetadas por este transtorno costumam apresentar obsessão por apostas, necessidade de aumentar as quantias para obter a mesma emoção, e tentativas fracassadas de parar. Além disso, muitos utilizam o jogo como forma de fuga para lidar com emoções negativas, criando um ciclo de dependência difícil de quebrar.


Diante desse cenário, fica evidente a importância de se pensar em medidas de prevenção e tratamento para o vício em apostas. Políticas públicas que promovam conscientização sobre os riscos, bem como o suporte psicológico para pessoas que sofrem com esse problema, são fundamentais. O grupo de trabalho formado pelo governo é um passo importante nessa direção, na tentativa de mitigar os danos e ajudar quem precisa. No entanto, é preciso uma ação conjunta entre sociedade, governo e entidades de saúde para criar um ambiente mais seguro e responsável em relação às apostas esportivas no país.



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